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SAIBA MAIS SOBRE O FIM DA JORNADA 6X1 

VIDA ALÉM DO TRABALHO (VAT)

Publicado: 10 dezembro, 2024 - 11h31

Escrito por: SINECOM

A luta pela redução da jornada de trabalho no Brasil é histórica. A partir das greves dos trabalhadores, organizados em sindicatos, foi possível obter diversas conquistas regulamentando o trabalho e instituindo a jornada semanal de 48 horas, que antes chegava a ser de 16h por dia de trabalho.


Com a luta dos trabalhadores a primeira Legislação Trabalhista Brasileira foi criada em 1934, no governo de Getúlio Vargas garantindo direitos como: Salário-mínimo, Férias, Jornada de trabalho de 8 horas diárias, Proteção do trabalho feminino e infantil, Liberdade Sindical e Repouso semanal.


A partir da década de 70 começa a luta pela jornada máxima de 44 horas. A Constituição de 1988, estabeleceu o limite semanal de 44 horas de trabalho.


A primeira proposta de redução da jornada de trabalho no Brasil para 40h semanais, sem redução de salário, foi pela Proposta de Emenda à Constituição (PEC) 231/1995, apresentada pelo Deputado Federal Inácio Arruda (PCdoB) e pelo Senador Paulo Paim (PT).


A 4ª Marcha dos Trabalhadores foi uma manifestação realizada em 5 de dezembro de 2007, em Brasília, por trabalhadores de todo o país com o objetivo de reivindicar a redução da jornada de trabalho para 40h semanais.


A redução da jornada de trabalho é uma bandeira histórica da classe trabalhadora no mundo. Os sindicatos têm debatido sobre o tema há muito tempo. Por isso, é necessário convencer os Deputados Federais e Senadores, bem como toda a sociedade. FAÇA SUA PARTE!!!

A luta pela redução da jornada volta novamente a ser debatida e precisamos da união de todos para vencer essa luta histórica.



PONTOS POSITIVOS


>> A pauta da redução de jornada para mais dias de descanso faz parte de uma agenda civilizatória de avanço das condições de vida e trabalho;

>> Todas as experiências internacionais demonstram que houve aumento da produtividade dos trabalhadores após a redução da jornada, além de maior eficiência na execução de tarefas, proporcionando mais oportunidades no mercado de trabalho com carteira assinada (geração de emprego e renda);

 

>> Diminuição de licenças médicas e adoecimento, reduzindo custos com saúde, diminuindo gastos públicos e privados com afastamentos e tratamentos médicos;

>> Diminuição de acidentes de trabalho (pesquisa demonstra que a maioria dos acidentes acontecem no final da jornada, quando o trabalhador já está exausto);

>> Sabemos que a economia é um aspecto importante da vida. Mas, existem outros que precisam ser considerados. Principalmente, sociais, culturais e religiosos, que envolve dar condições aos trabalhadores terem mais tempo para a família, lazer, amigos, cuidar da saúde física e mental, espiritualidade e capacitação.

 

DETALHES SOBRE A NOVA PEC (PROPOSTA DE EMENDA À CONSTITUIÇÃO) DA JORNADA DE TRABALHO E REPOUSO SEMANAL

O movimento VAT (Vida Além do Trabalho) foi iniciado pelo influenciador digital, Rick Azevedo, 30 anos. trabalhou como balconista de farmácia, o que motivou sua insatisfação com a carga de trabalho de 44 horas semanais. Também já trabalhou como auxiliar de serviços gerais, vendedor, frentista, e com atendimento ao público em academia e curso de idiomas. Em setembro de 2023, publicou um vídeo na rede TikTok criticando a jornada 6x1, em que o trabalhador trabalha por seis dias e folga apenas um, comparando-a à uma escravidão moderna. Em poucas horas, o vídeo teve milhares de comentários e compartilhamentos, o que motivou a criação de um grupo de WhatsApp para coordenar ações. Com a repercussão e trabalho coletivo, ajudou a fundar o Movimento Vida Além do Trabalho, que defende a redução da jornada de trabalho e fim da escala 6x1, que garantiu ao ativista visibilidade na mídia.

 

Ele foi eleito vereador na cidade do Rio de Janeiro, pelo PSol. E é considerado fenômeno eleitoral no Rio. Ele foi o vereador do PSol com menos investimentos e mais votos. O próprio partido se surpreendeu. Para Rick, os 29,3 mil votos que recebeu vêm da força do VAT, que defende o fim da jornada de 6 dias de trabalho para 1 de folga (6x1), “dando voz a trabalhadores que muitas vezes não se veem representados por estruturas tradicionais”. “O movimento sindical tem uma relevância histórica enorme, sendo responsável por muitas das conquistas que temos hoje”, diz Azevedo. “No entanto, acredito que ele precisa de uma atualização para se adaptar à realidade dos trabalhadores atuais, especialmente daqueles que estão em condições precarizadas ou em setores informais”, avalia.

 

Essa PEC proposta pela Deputada Federal Erika Hilton (PSOL) ainda não foi protocolada. A Proposta tem características diferentes das anteriores, pois prevê redução da jornada de trabalho de 44 horas semanais para 36 horas, alterando o tipo de jornada para 4 dias de trabalho e três de descanso, a jornada 4x3. Além disso a discussão já vem sendo realizada em outros países do mundo, considerando os efeitos da informatização, e o aumento da produtividade advindo das novas tecnologias.

 

É importante ressaltar que a redução da jornada de trabalho vai gerar mais empregos, renda, postos de trabalho, para reduzir a pobreza e melhorar a vida dos trabalhadores. E a redução da jornada de trabalho é uma resposta necessária diante de uma sociedade que tende a absorver cada vez menos trabalho vivo. As tecnologias, historicamente, eliminaram postos de trabalho, e os novos investimentos não geram empregos na intensidade necessária. Atualmente, as novas fronteiras tecnológicas dissolvem padrões de trabalho tradicionalmente associados a diversas ocupações. Reduzir o tempo de trabalho necessário é a única maneira de enfrentar os problemas estruturais do trabalho no capitalismo.

NÃO FIQUE SÓ! FIQUE SÓCIO! DIREITO NÃO SE REDUZ, SE AMPLIA.

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